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Acredito que todos que passam por aqui tenham conhecimento da riqueza e diversidade da cultura brasileira. Não é necessário utilizar o horário nobre da tv aberta para mostrar uma trama que gira em torno de um crime de assassinato ou propague a cultura de outros paises. Minha proposta é a cultura do Brasil. Em um dos textos que publicarei aqui será feito um comentário sobre a Aurora Boreal e o Sol da Meia Noite que são fenômenos da natureza não visíveis aqui no Brasil. Fora os 2, nenhuma outra influência de cultura estrangeira.

sábado, 4 de agosto de 2012

CAPÍTULO IV

Domingo de sol. Otávio já se preparava para sair, ia sair para encontrar os amigos e jogar futebol na praia. Depois o banho de mar, a água de coco. Otávio fazia o tipo politicamente correto, não ingeria alcool e não fumava, dava preferencia a comida sem corantes artificiais, e optava pelas integrais. Dormia cedo, acordava cedo. Ia a academia ou caminhava todos os dias. Mas do papo furado com os amigos ele não abria mão. Quando enfim sentou para dar uma olhada no jornal, abriu o caderno de esportes para saber dos jogos marcados e a colocação dos times no campeonato estadual. Depois procurou saber se seu time havia fechado negócio com a estrela do vôlei. Quem era o novo ídolo das raias, sobre o desfecho da confusão no jogo de basquete que estava sendo transmitido pela televisão. Aparentemente o juís havia invalidado a última cesta do time da casa, o que provocou uma grande revolta nos torcedores que eram a maioria dos que lotavam a quadra àquela noite. Aproveitou também para saber quem era o número 1 no ranking mundial das quadras de tênis, para quando havia sido marcado o campeonato de atletismo daquele ano. Havia também uma reportagem especial onde os fabricantes de canoa, remo e pranchas de surf reclamavam sobre a alta dos preços, da qualidade dos produtos e principalmente na dificuldade em continuar oferendo equipamentos que pudessem garantir segurança e bom desempenho aos atletas foi então que Otávio levantou a cabeça e retirou os olhos do jornal que estava lendo. Olhou fixamente para o mar e lembrou-se da filha. Divagou. Otávio teve uma brilhante ideia,contudo,o material que possia em mãos não lhe dava uma visão real do que ele precisava saber. Mais uma vez voltou a ler as notícias do jornal, levantou a cabeça e fixou os olhos na imensidão do mar. Voltou a pensar na filha e novamente divagou. Enquanto seus olhos estavam fixos no mar, sentiu um leve toque em seu braço. - A cadeira está livre? eu posso sentar? - o desconhecido recém chegado apontou para cadeira desocupada. - Sim, por favor! - Otávio parecia meio destraido e respondeu num sobressalto - fique a vontade - esticou o braço para oferecer o lugar vago para o homem sentar. Após certificar-se que a cadeira esta realmente fixa no chão, o homem sentou-se e transferiu o saco de papel que estava em sua mão direita para, mão esquerda. Limpou a ponta dos dedos, deu uma olhada e limpou o resto da mão que antes segurava o saco de papel no calção de paria que estava vestindo, antes de estende-la para cumprimentar o novo amigo. - Balbino Dias dos Anjos - deu um sorrisinho fraco que revelava pou os seu dentes - meus amigos me chamam de Bino. Balbino Dias dos Anjos aparentava ter uns sessenta anos de idade e aproximadamente uns 110 Kg, deixava transparecer leves traços de um corpo que um dia havia sido medelado pela prática do esporte. Não era baixo nem alto, nem preto nem branco. Usava uma barba bem aparada e grisalha; seus cabelos, um pouco compridos para aparente idade, também grisalhos, secos e desgrenhados demostrava que havia tomado um banho de mar já a algum tempo. Seu corpo exalava cheiro de maresia e suor, além desses, um discreto cheiro de gordura. No canto da boca Otávio pode ver uma bolinha de carne e na parte inferior do lábio, um pedacinho de casca dourada. - Tá servido? - mostrou-lhe o saco que estava em sua mão, abriu o saco e retirou um pastel - esse é o segundo que eu como. Acabou de fritar! o outro estava frio. - sorriu para o novo amigo. - Não obrigada - Otávio retribuiu o sorriso. Otávio olhou por cima do ombro se seu novo amigo e viu que dois rapazes, um deles usando camiseta azul o outra com a camiseta na cintura presa pelo elático do calção, vinham caminhando na direção onde ele e Bino estavam sentados . Os rapazes tinham uma maneira pouco convencional de conversar. Ao ver os jestos dos rapazes Otávio logo deduziu que eram surdos por se comunicarem atraves da linguagem de sinais. A verdadeira surpresa foi quando eles se aproximaram de Bino. Agora os tres continuaram a converdsa em linguagem gestual. Bino fez alguns sinais e olhou para Otávio como se estivesse pedindo sua opinião, ou talvez sua confirmação no assunto. Otávio por sua vez parecia meio sem jeito por não entender do se tratava. Pediu licença ao novo amigo para se levantar e se retirar da mesa. - De jeito nehum! - lambeu os dedos tentando desfrutar do último pedacinho da casca do gorduroso pastel ou quem sabe, disfarçar toda aquela gordura que havia ficado em sua mão - esses são meus amigos - utilizou a parte inferior do lábio para apontar para o amigo que estava ao seu lado direito - esse é o Diogo - camisa azul - e esse é o Henrique - camisa presa no calção que estava ao seu lado esquerdo. Para o que estava ao seu dado esquerdo utilizou a mão com o saco de papel vazio que assado no formato de bolinha - nós trabalhamos no mesmo projeto. Iniciamos deficientes auditivos na vida esportiva. Quando eu estou junto com o pessoal do grupo - o pessoal do projeto - eu só falo a linguagem gestual

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